E que tendências!!!
Isto de andar de um lado para o outro à procura de ninho (há já tanto tempo!) levou-me a dar de caras com algumas coisas bastante "caricatas", uma delas, e que é sempre omitida ao telefone e nos anúncios até ao momento em que entras pela porta, é o facto dos dito cujos apartamentos serem habitados por seres muito peculiares.
Não, não são estrunfinhos, horripilantes ursinhos carinhosos, serial killers (I guess so...) ou outras coisas que tais. São as próprias pessoas que colocam os anúncios e procuram alguém para viver com elas e integrar as suas famílias.
Motivos? Crise é o que me parece mais provável sim.
E nestes casos já tive de aguentar a visita guiada a um apartamento enquanto uma fofa mas diabólica menina de 4-5 anos gritava por atenção enquanto tentava destruir as paredes da casa atirando um disco voador over and over again.
"Ah sim, esqueci-me de referir um pormenor! Eu também vivo aqui! Esta é a minha filha e vai ser a tua roomate!" - dizia a senhora.
- O QUÊ???!!!
Outros há que ainda estranham que na referência "quarto" não esteja implícita esta questão... Realmente... realmente...
É verdade, a saga marcada por encontros surreais quer com casas e bairros dúbios como com atitudes e personas non gratas terminou!
HABEMUS CASA! Muito, muito, muito melhor do que alguma vez certamente esperaríamos encontrar =D
Dado o local do poiso, espero não me tornar nisto :p
Não são os "conselhos que eu vos deixo" mas algumas notas na:
LIÇÃO EM 2 MINUTOS
Procurar casa naquela zona não é fácil! Sendo assim, deixo aqui umas breves notas de aspectos a tomar em consideração nesta tarefa:
- abastecimento com supplies de mapas da região: cidade, cidades circundantes (porque ficar mesmo em Lisboa, ainda mais nesta altura em que a maioria dos estudantes estão instalados torna-se ainda mais difícil), metro, linhas da CP, ...
- os anúncios não fornecem informação suficiente de que precisas, ou então oferecem informação ilusória (como 'modesto' para casas muito duvidosas). Convém que tenhas sempre pequenas notas quando telefonas para que fiques logo a saber se será ou não uma perda de tempo;
- essas notas são muito importantes, é importante pensar muito bem nas coisas essenciais que precisamos de saber sobre o apartamento;
- ir directo ao assunto: algumas pessoas são solitárias, ou melhor chatas, e em vez de nos falarem dos quartos/apartamentos começam a contar as suas façanhas durante a 1ª Guerra Mundial (não, não aconteceu :p) ou pormenores da sua vida privada (sim aconteceu...);
- se encontras um cantinho de que gostas e a bom preço "afinfa-lhe" logo! Porque um dia depois da tua visita saberás que um interessado fechou negócio e a tua esperança esvai-se;
- levar a sorte contigo!
Pois bem, estou habituada a que seleccionem a minha suite durante o período escolar. Tem sido assim nestes cinco anos de estudante universitária (já?!). Nunca há escolha só talvez uma pequena “subida de estatuto”, mas quando já estamos na ‘despensa’ da Universidade, prefiro pensar assim porque o termo até está associado a comida, já não há mais por onde trepar.
Pois bem mas as paragens vão ser outras daqui a nada e havia que descansar a mente quanto a um sítio em conta e simpático para ficar. Então lá foram duas moçoilas visitar os locais seleccionados ali para a linha de Cascais.
Depois dos últimos dias entre contactos, visitas a apartamentos e outros compartimentos que são supostamente também eles apartamentos, a minha reflexão vai principalmente para os negócios obscuros do mundo do arrendamento.
Meu Deus… só de pensar nas pérolas que se viram… Só destaco algumas como:
- “Os quartos já estão ocupados… mas eu tenho uma loja… aquilo com uma pinturazinha e tal… Ou sou capaz de arranjar qualquer coisa! Se quiser algum sítio comunique menina!” – Mas isto agora é ao ‘eu vou arranjar’ e como? Home jacking? Ui isto tá a ficar bonito... Ou tem ou não tem.
“Arrendam-se quartos para convívio” in jornal ‘Eu tenho anúncios’ (estes pleonasmos baratos nos jornais… Claro que uma pessoa procura casa principalmente para conviver…)
“Mas vocês não sabem se ficam cá a trabalhar? Eu tenho uma filha que trabalha no Sítio que eu cá sei, vocês dão os vossos currículos para ela entregar. Tenho também uma amiga que a filha… não arranjou emprego para a minha mas…” Hella! Já temos pessoas que nos procuram emprego?
E situações obscuras…
Hmmm preços do mercado para um Anexo… hella! E temos vizinhos! Aaah a morar também num anexo…
E não entrando por outras coisas que tais…
Meu Deus…
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