Um update atrasado de há duas semanas, com um mix desta semana... cá vai!
Lisboa do ontem e do amanhã para viver hoje
Elevador de Santa Justa
Mais uma vez pelas zonas mais bonitas de Lisboa!
Depois de adiar esta visita algumas vezes (por uma prova de chocolate entende-se eheh), à terceira foi mesmo de vez!
E valeu a pena! A beleza da construção da autoria do monsieur Ponsard, um discípulo de Eiffel, destaca-se sempre. É emblemático o único ascensor vertical de Lisboa.
Outra coisa é mesmo subir este elevador e privilegiar da belíssima vista sobre a cidade.
Depois da travessia da ponte metálica temos logo ali as ruínas do Convento do Carmo, bastante destruído aquando do Terramoto de 1755. Já sem 'tecto', com visíveis marcas de algum desnível, mas não deixa, contudo, de transmitir a grandeza de outrora e a ainda magnificência nos nossos dias. Um documento vivo do desastre que assolou Lisboa.
Miradouro do Adamastor
Com a estátua do adamastor ao nosso lado, podemos usufruir de uma panorâmica sobre o Tejo privilegiada.
Também é o local escolhido por muitos para um Botéllon.
Museu da Cidade
Revisitar Lisboa dos seus vários nomes e tempos, com especial destaque para Lisboa antes e depois do Terramoto de 1755.
As ilustrações e retratos da cidade talvez sejam mesmo o ponto de maior interesse. Compreender o que alguns locais representavam, a vida que tinham em seu redor, como um Mosteiro dos Jerónimos com bastante proximidade em relação ao rio Tejo (essa distância é hoje bem maior do que a gravura relatava), os principais pontos do burguês passeio público.
Este foi, contudo, um museu que me desiludiu: porque os objectos não falam por si e porque um museu é mais do que uma montra de objectos. Sim, esse é um problema de muitos museus... mas estamos no século XXI...
Museu do Chiado
Sempre com exposições rotativas.
Desta vez com o movimento artístico modernista Romeno. Vale a pena dar uma olhada!
Oceanário
Devo ser das únicas pessoas neste país que não foi atè à Expo 98. Assim sendo, a visita ao oceanário foi sendo progressivamente adiada até há dias.
Sítio ideal para mim, compenetrada na observação animal (em especial a pensar na quantidade de caldeiradas que se poderão fazer com um peixe-lua daquele tamanho) para os peixes aparecerem de god knows where e me pregarem um pequeno susto... my fault :)
A visita vale bem a pena e podemos sempre aprender uns passos de dança com a Amália e com o Eusébio!
Cascais berço de Mar, reconforto da alma, paisagens que enchem sempre o olhar (Take número não sei quantos e tal :))
Boca do Inferno
Afamado spot turístico de Cascais, e mais um belo recanto.
Aqui está a explicação do fenómeno.
No cadastro: local de suicídios constantes.
Gelataria Santini
Gelados de receita italiana, dos melhores que já comi. Cremosos, com substância, aqui não há mesmo o engano de pagar por água em estado sólido. Nhami nhami, o preço esse não é tão amigável mas cada colherada compensa...
VIP's
Quer em Cascais como em Lisboa abundam, mas não aos meus olhos cada vez mais despistados às Very Important Persons. Ele há Professores Marcelo a banharem-se por estas paragens, Bibá Pitas e por aí fora.
Um beijinho especial às visitas de há duas semanas atrás e também às desta semana.
Tava-me a esquecer de outro beijinho importante! Aqui para esta companheira de viagens por estas paragens e companhia em aventuras e desventuras diversas não só no Mundo dos passeios mas também naquilo que está a ser novidade para nós: o Mundo do Trabalho.
Lisboa das sete colinas mas de milhentos pontos para revisitar e descobrir...
Estes são alguns pontos que ficaram por referir.
Estação do Rossio
O que tem uma estação para ver? Muito!
Num passeio pela Baixa e passando o Rossio, a poucos metros dos Restauradores, quase que o Teatro D. Maria II nos rouba as vistas, mas olhando para o outro lado... lá temos esta magnífica estação! O detalhe das pedras esculpidas na sua fachada é marcante para qualquer retina:
O embarque é a 30 metros de altura e dali partem os comboios para a região de Sintra.
Miradouro de S. Pedro de Alcântara
Local emblemático no término da avenida D. Pedro V e do percurso do elevador da Glória, com vista para o castelo de S. Jorge, para grande parte da Avenida da Liberdade e para grande parte da bela Lisboa.
O jardim subjacente é também muito bonito, um belo local para 'respirar' Lisboa.
Tivoli
Belíssimo teatro de estilo único. Mistura do estilo moderno e neoclássico. Uma viagem ao passado.
Apesar de ter sido fundado já em 1924, em muito faz lembrar uma atmosfera ao estilo Victoriano. Um espaço que recorda o passado mas que possibilita ver peças do presente. Um dois em um, portanto.
Quando lá estive, tive a oportunidade de ver "Os produtores" (e logo quem não vai nada à bola com musicais), mas sim foi divertido.
Passeio Marítimo de Santo Amaro de Oeiras
Quem diria que a escassos metros do local de trabalho havia mais uma pérola a ser descoberta? O sol convida e esse convite não é de se recusar! Lado a lado com o mar , sempre com vista para o Forte de S. Lourenço do bugio, mais uns quilómetros que sabem imensamente bem.
Hmm parece que a maior parte da estadia já passou... vai custar imenso deixar este recanto do centro sul...
Pelo Oeste...
" - Olá eu sou a Rosa, e sofri uma overdose de chocolate!
- Olá Rosa!"
Pois é, isso foi na...
Feira de Chocolate de Óbidos 2009
Comparativamente ao ano passado achei a Feira um pouco mais pequena. Mas não pensem que a oferta era pouca: ele era cerveja de chocolate, vodka de chocolate, fruta com chocolate, provas de cozinheiros em concurso, bolos de mil e uma variedades, crepes, bombons, barras, provas de chocolate quente, e mais, mais, mais. Chocolate em tudo que é canto!
Este ano contive-me menos e nunca comi tanto chocolate de uma assentada, chegando quase ao ponto de enjoar com a bela iguaria, se bem que umas quantas horas depois a ânsia pelo chocolate já estava no auge outra vez. É o que acontece aos addicted.
Ginjinha, em copo de chocolate ou não. É bem docinha e sabe sempre bem, não consigo ir a Óbidos e deixar de a beber. É o bilhete postal de Óbidos. É obrigatório beber!
Uma mais valia são sempre os animadores que acompanham o Festival e fazem suportar uma fila ou outra sempre com um sorriso na cara. Este ano especial destaque para o Sr. biscoito do filme Shrek (que nos deu informações confidenciais sobre o paradeiro do Shrek), o Sr. queque, a D. Inês sempre "hiper magra" e a torta de chocolate... nah ups de beterraba.
Esquecendo a confusão das feiras temáticas de Óbidos, para além da Feira do Chocolate, a feira Medieval e a aldeia de Natal, que valem sempre a pena a visita, procurem também uns dias mais calminhos por aquela vila: subir as muralhas, sair da rua principal e partir à aventura dos outros caminhos, onde há sempre recantos a descobrir. As casas brancas características pintadas maioritariamente com faixas amarelas e azuis de grande vivacidade, por onde trepam as roseiras são também cartão de visita - casas que todos os inquilinos deixam sempre bem cuidadas.
À noite o percurso também é bonito, e os vários cafés têm sempre um ambiente castiço, tipicamente medieval, com bebidas e comida a condizer.
Quinta dos Loridos
Não é preciso ganhar o euromilhões para ser excêntrico, é preciso é ter pipas e pipas de massa! Pois, e o senhor Joe Berardo tem bastantes dessas "pipas". É, actualmente, um dos homens mais ricos do Mundo no recente ranking da revista Forbes. E, com algumas das tais "pipas", adquiriu uma quinta nas redondezas de Óbidos, mais propriamente na zona do Bombarral.
Até aqui nada de excêntrico. E se eu vos disser que ele decorou a vasta propriedade, todos os seus jardins, com estátuas e motivos orientais? Excêntrico? Ainda um 'talvez'. Leiam, então, o resto.
Apesar do jardim budista não estar completamente concluído, vale já por completo a visita! E eu cá quero lá voltar quando tudo estiver afinado.
Todo o parque da quinta é grandioso e belo, traz um pouco do lá fora cá para dentro, eu pelo menos por instantes senti-me por terras orientais. São paisagens únicas, com as vinhas ali mesmo ao lado.
Dada a decoração e o cuidado paisagístico, especialmente com o grandioso lago, parece que pisamos solo sagrado. Ali, para completar o cenário só faltam mesmo os monges budistas ou grupos em meditação, pois a acalmia do espaço é a isso convidativo.
Se quiserem conferir ora vejam aqui.
Logo que possível, também deixarei umas quantas fotos aqui no blog para vos apresentar esta obra que merece toda a nossa atenção. Acho que todos os países precisam de uns quantos milionários que dividam a sua riqueza a proporcionar quanto mais não seja um pouco de sonho e cultura a todos nós.
Digo ainda que, à semelhança do que acontece no CCB, também este monumental jardim está de portas abertas aos visitantes sem cobrança de qualquer tarifa, pelo menos por enquanto.
Sintra: tudo simplesmente... indescritivelmente belo, fusão de Natureza e arquitectura inigualável
Sim, ao que parece este vai ser mais um post extasiado com mais maravilhas deste belo Portugal. Este tem o verde, o "verde oiro", edifícios singulares, ricos, combinações de influências diversas. Fiquei maravilhada com Sintra!
Apenas reclamo dos preços que se praticam naquela zona com o turismo cultural. Pedia no mínimo um desconto com cartão jovem, ou até para os portugueses (que assim, como seria de esperar, raros se vêm!), mas nada disso...
Palácio da Pena
Bem lá no alto, é imponente. O preço para conhecer a sua história é subir alguns quilómetros a partir da cidade de Sintra, por isso o melhor é apanhar o 434!
Strauss quando o visitou disse: "Hoje é o dia mais feliz da minha vida". Vá não é preciso chegar tão longe amigo Strauss! Mas que aquele Palácio rebenta a escala dos locais mais belos construídos pelo Homem, ai isso rebenta sim senhor.
Eu poderei descrever e descrever e descrever, mas a grandiosidade do monumento aniquila-nos no momento em que estamos presentes, tanto por fora como por dentro é simplesmente "uau".
É difícil percorrer uma sala que seja sem pensar como foi possível fazerem tantas coisas de uma preciosidade que ultrapassa o material, de um detalhe exímio. Basta dizer que raras são as pedras que não sejam trabalhadas. Não chega sequer olhar em nosso redor num ângulo de 360º, olhamos para o tecto, e praticamente em todas as divisões, mesmo a pedra que forma o tecto é esculpida com minúsculos pormenores e algumas assemelham-se a estalactites mas esculpidas e muito trabalhadas.
Quando assim não é temos pinturas que nos dão a ilusão de profundidade, paredes revestidas de tecido, algumas em tempos eram até de cera, nas divisões exteriores predomina o azulejo.
A mobília é das mais diversas origens, como do oriente, preenche todos os recantos, nenhum espaço fica vazio (se fossem suas realezas a limpar o pó queria ver! Ai queria, queria!).
Azulejos mudéjares, arquitectura mourisca, as influências arquitectónicas são mais que muitas.
Começou por ser apenas um mosteiro que sofreu grandes danos com o terramoto de 1755, este foi recuperado durante o reinado de D. Maria II e D. Fernando II, e, foi nessa altura, entre 1842 e 1854, que foi construído o chamado "Palácio novo". Do antigo mosteiro restam a capela e o claustro manuelino.
Localizando-se no alto de um penedo, proporciona uma vista esplendorosa sobretudo sobre a cidade de Lisboa, sendo perceptível a ponte 25 de Abril e o Cristo Rei. O melhor ponto para apreciar a paisagem é o Terraço da rainha.
E por aqui me fico, não falando do famoso tritão, da guarita com a cúpula mourisca, do salão nobre, da cozinha entre muito mais. Vão e visitem!
Parque da Pena
Sem dúvida um local para dar belos passeios e com muito para explorar em todo ele, mesmo ali nas imediações do Palácio da Pena.
Preciosidade botânica, também de diversas proveniências, com indicações dos seus nomes.
Em alguns locais encontramos algumas construções, como a fonte dos Passarinhos (na imagem abaixo), também de estilo islâmico, lagos, e alguns dos locais preferidos pelos reis e rainhas que privilegiadamente habitaram o palácio.
Castelo dos Mouros
Para além de outros elementos à chegada e no interior que merecem a nossa atenção, o Castelo dos Mouros personifica um óptimo miradouro, sensivelmente à mesma altura do Palácio da Pena, mas com uma visibilidade mais abrangente: para além de termos mais coisas para admirar, podemos sempre olhar em todo o nosso redor uma vez que não existem mais edifícios ali à beira, o que seria difícil num local tão íngreme.
De uma das torres, a Alcáçova, a vista incide principalmente sobre Sintra, para os seus famosos monumentos como o Palácio de Monserrate, o Palácio de Seteais, Quinta da Regaleira, o Paço Real de Sintra e outros locais, e mais ao fundo vemos até o mar e a espuma gerada por este ao bater na areia ou nas rochas.
Da outra torre, a Torre Real, vemos Palácio da Pena, quase ali tão perto e mais uma vez avistamos parte da cidade de Lisboa e da sua entrada pela ponte 25 de Abril e da outra margem o Cristo Rei. Vemos ainda o recorte geográfico daquela zona. Coisa bonita de se ver!
E não é à toa, que o rei D. Fernando II, o rei artista, para lá ia pintar. Aquele lugar tudo tem de inspirador, sem dúvida.
A fortificação remonta à ocupação muçulmana, contudo um castelo medieval agregou-se a essa fortificação e assim temos o Castelo dos Mouros.
Queijadas de Sintra
Lamento, mas foram uma grande desilusão para mim. Desde logo têm um grande defeito: são muito pequenas! No máximo em duas dentadas lá se vai uma queijada (mas vá convém ter mais cuidado para a degustar).
De resto, em volta diria que temos uma massa semelhante à do pão, bastante fina, e o recheio será semelhante em sabor e textura a bolo de canela mas com mais açúcar e ovo.
Espero reconciliar-me com os doces de Sintra quando provar os Travesseiros de Sintra...
Não deixem de ir a Sintra! É tudo soberbo!
Outros locais a visitar:
- Convento dos Capuchos
- Museu de arte moderna
- Museu do brinquedo
- Palácio de Monserrate
- Palácio e Quinta da Regaleira
- Palácio Nacional de Sintra ou Paço Real de Sintra
- Palácio de Seteais.
Belém dos pastéis e da homenagem à epopeia dos Descobrimentos
Como é bom estar bem acordada para poder apreciar toda a viagem pela linha de cascais até Belém: perder o olhar na acalmia do mar e na forma como vida de todos os espaços envolventes e das pessoas está tão ligada a ele.
Essa ligação continua a existir em Belém, com o mar ali tão perto, de onde partimos para o Mundo.
E que ver em Belém? Muita, muita coisa!
Padrão dos Descobrimentos
lnicialmente concebido para a exposição do Estado Novo "Exposição do Mundo Português", oferece mesmo no topo, no miradouro, a melhor vista sobre a cidade naquela zona, a 50 metros de altura - dá-nos uma outra perspectiva sobre a rosa-dos-ventos lá em baixo e sobre todo o espaço envolvente. A não perder!
Num anfiteatro é mostrada a peça audiovisual "Lisbon experience". Considero que este vídeo está mais dirigido para as várias pessoas que nos visitam dos mais diversos continentes, a mensagem subliminar é mesmo vender o nosso país turisticamente. Contudo, mesmo para os portugueses o vídeo é bastante interessante pois reaviva a nossa memória quanto a aspectos fundamentais da história de Portugal, e em particular de Lisboa.
Habitualmente estão ainda disponíveis duas exposições no Padrão dos Descobrimentos. Uma delas referente à construção do emblemático monumento, esta não estava exposta mas será novamente montada, e uma outra com a temática da expansão portuguesa com maior incidência nos navegadores.
Torre de Belém
Imponente edifício, cartão postal da cidade e peça de arquitectura inigualável!
Construída num ponto estratégico para a defesa da cidade, como o transmite a sala dos canhões, repleta destes elementos.
Para o piso subterrâneo, bastante baixo, eram enviados prisioneiros, na sua maioria acusados de traição ao reino e de colaborar com os espanhóis. Naquele piso havia ainda um compartimento destinado a armazenar a pólvora.
Os vários pisos contam a sua história, por lá passaram governadores, gerações, como relatam os brasões. Nos vários pisos, há também belas paisagens para desfrutar.
Museu Colecção Berardo
No CCB com obras de Andy Warhol, Paula Rego, Francis Bacon, entre muitos outros, sendo que algumas obras são rotativas. Sem dúvida exposições a não perder e que ainda por cima são de visita gratuita.
Concordo com a frase de Raúl Perez, actualmente com uma grande exposição de cariz surrealista neste Museu, em que este diz que a arte não é mais do que o prolongamento dos sonhos.
E que melhor forma de libertação do quotidiano que a arte?
Pastéis tradicionais de Belém
Sim, são quase um monumento! Num único som: nhami!
Outros pontos turísticos em Belém:
- Museu de arte popular;
- Museu Nacional de arqueologia;
- Museu Nacional dos Coches;
- Planetário Calouste Gulbenkian.
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